Dia da Tauromaquia-Análise
O dia da Tauromaquia foi um sucesso. Não há margem para dúvidas.
O aficionado foi aderindo às várias atividades ao longo do dia, culminando em praça quase cheia, para o Festival Taurino.
As primeiras horas foram dedicadas às crianças, incentivando a brincadeira e o “jugar a los toros” com insufláveis, tourinhas, baptismos equestres, fantoches…
Para o público em geral, a oferta também foi variada, com exposições, aulas, mas os eventos principais decorreram na arena do Campo Pequeno, a qual foi reservada para as demonstrações, que sucederam-se de forma contínua.
A demostração de Toureio a Cavalo foi realizada, por dois jovens cavaleiros amadores que estão a suscitar curiosidade no meio taurino. António Ribeiro Telles Júnior (filho de António Ribeiro Telles) e por Duarte Fernandes (sobrinho de Rui Fernandes) os quais com muita disponibilidade e denotando os seus bons modos técnicos, mostraram os conceitos base de lide a cavalo, simulando à tourinha. Seguiu-se a demonstração das pegas, também à tourinha, realizadas por jovens e crianças ligadas ao Grupo de Forcados Amadores de Lisboa.
O Toureio Apeado também esteve presente, com uma demonstração realizada por jovens alunos de escolas de toureio.
Terminadas as demonstrações, o público pode descer à arena e experimentar tourear de salão e pegar à tourinha.
A tradição da Capeia Arraiana, também esteve presente, para afirmar e celebrar as tradições portuguesas e a Tauromaquia do povo. Perante a explicação histórica e funcional da tradição do Forcão, vimos 30 homens demonstrarem este exemplo de património etnográfico, valor e tradição, destas culturas genuínas do povo português, típica das aldeias da zona da Raia.
Os eventos primaram pela heterogeneidade, e assim sendo, os recortadores da Arte Lusa, aportaram o risco para tarde, com Tiago Pais, Diogo Santos, Vítor Rebelo e Nuno Salazar a fazerem saltos, quiebros e recortes a um exemplar de Veiga Teixeira com 575kg, em pontas.
A Equitação de Trabalho trouxe o cavaleiro tauromáquico e campeão Mundial de Equitação de Trabalho, Gilberto Filipe, com uma apresentação equestre acompanhada de fado, com cavalos e uma bailarina. Terminada a demonstração, a música prosseguiu, com espetáculos de sevilhanas e flamenco, até há hora de abertura do Festival Taurino.
A Porta Grande do Campo Pequeno tornou-se pequena, para tanta gente, que a redondeava para ver o espetáculo de flamenco, até à nova abertura das portas para o festival taurino. Festival esse, que primou principalmente pela adesão do público (praça quase cheia), pela homenagem póstuma ao cavaleiro Joaquim Bastinha e pelas lides a duo dos cavaleiros e em solitário dos matadores, que se uniram a esta homenagem à Tauromaquia e à celebração da liberdade de sentir e vivê-la.
Texto: SÓNIA BATISTA
Fotos: ARMANDO ALVES
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