Periodicidade: Diária - Director: Armando Alves - 19/04/2024.
 
 
IMAGENS E CRÓNICA DA DESPEDIDA DE PADILLA NO CAMPO PEQUENO
IMAGENS E CRÓNICA DA DESPEDIDA DE PADILLA NO CAMPO PEQUENO
21 de Setembro de 2018





Vai por ti PADILLA

Na passada quinta feira realizou-se no Campo Pequeno a despedida do Maestro Juan José Padilla da Afición Portuguesa. Com o Maestro repartiram cartel os cavaleiros João Moura Caetano e Duarte Pinto, triunfadores desta a arena nos dias 17 de Maio e 9 de Agosto respetivamente. Em Praça estiveram também os Grupos de Forcados Amadores de Santarém e Montemor-o-Novo, capitaneados por João Grave e António Vacas De Carvalho. Os toiros para a lide a pé pertenciam à ganadaria Herdeiros de Mário Vinhas para a lide a cavalo e à ganadaria Varela Crujo para a lide apeada.

Abriu a noite na catedral do toureio, o Cavaleiro de Monforte, João Moura Caetano, frente a um Mário Vinhas bem constituído e bravo, mas que não causou muito trabalho. Apesar de não ter sido uma lide digna de um triunfador, dá-se destaque para o terceiro ferro curto cravado numa sorte à tira. O segundo ferro curto, cravado após uma batida bastante marcada ao piton contrário resultou muito atrasado. Foi uma lide correta e ritmada que teve direito a música e volta. Para este toiro saiu à praça o GFA de Santarém com uma boa pega, consumada à primeira tentativa pelo forcado António Taurino, que teve direito a volta.

Seguiu-se Duarte Pinto, frente a um exemplar de 637 kg, grande com força e trapio. Duarte Pinto esteve bem, numa lide correta e ritmada com destaque para o terceiro ferro curto e para o quarto curto cravado após uma leve batida ao piton contrário que resultou num ferro de muito boa nota. Teve direito a Música e Volta.  Saiu à praça o Forcado João da Câmara pelo GFA de Montemor, com uma pega consumada ao primeiro intento, que teve também direito a volta.

Para o quarto toiro, musculado e com muito esqueleto, voltou a sair João Moura Caetano, que esteve longe de ter uma lide digna de um triunfador do Campo Pequeno. Destaque apenas para o quarto ferro curto. Teve direito a música e volta mas não a realizou. Para este animal saiu novamente à praça o GFA de Santarém, com o forcado Ruben Giovety à cara, que apenas consumou a pega à sétima tentativa. Não foi autorizado a dar volta.

 Para a melhor lide da noite saiu Duarte Pinto, frente a um toiro alto de 602 kg. A lide não começou da melhor maneira simplesmente devido ao facto do bandarilheiro se ter mantido demasiado tempo em praça, mas Duarte Pinto conseguiu ainda assim cravar um bom primeiro ferro comprido. Destaque para o quarto ferro curto e para o quinto, que resultou muito bem após uma suave batida ao piton contrário. Tudo isto resultou numa lide ritmada com ferros cravados no sitio certo e com direito a música e volta. Para este exemplar saiu Francisco Barreto do GFA de Montemor que consumou a pega à terceira tentativa. Teve direito a volta.

Padilla, o grande herói da noite, esteve muito aquém daquilo que era esperado e merecido pela Afición Portuguesa. Frente a dois Varela Crujo, um de 526 kg e outro de 492 kg, Padilla esteve melhor na primeira lide do que na segunda. Padilla não bandarilhou em nenhuma das lides, o que resultou numa praça praticamente cheia a vaiá-lo. No final de muitas tandas circulares de mão no lombo e voltaretas, Padilla saiu em ombros pela porta grande da Capital do Toureio portuguesa, numa noite que de Padilla não teve muito. Apesar de tudo Padilla mostrou a garra de que é feito, ao arriscar com tudo o que podia frente aos dois exemplares que lhe saíram em sorte.

Crónica: ANA SILVA

Fotos: ARMANDO ALVES