Periodicidade: Diária - Director: Armando Alves - 23/04/2024.
 
 
IMAGENS E CRÓNICA DA ULTIMA CORRIDA DE TOIROS DA TEMPORADA
IMAGENS E CRÓNICA DA ULTIMA CORRIDA DE TOIROS DA TEMPORADA
31 de Outubro de 2018





Arena de Évora foi o palco

Crónica de Évora 28-10-2018

Decorreu no passado dia 28 a última corrida da temporada, em Évora. Repartiram cartel os cavaleiros Rui Salvador, Luís Rouxinol, Gilberto Filipe, António Brito Paes, David Gomes e o praticante António Prates. As pegas estiveram a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Évora e do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete, capitaneados respetivamente pelo cabo João Pedro Oliveira e pelo cabo Nuno Santana. Os toiros pertenciam à Ganadaria Passanha Sobral, que trouxe a Évora um curro cheio de bravura e trapio.

Abriu a praça o mais velho de alternativa, Rui Salvador, frente ao toiro mais pesado da corrida, com 575 kg, que apesar do peso demonstrou bastante energia ao longo da lide. Um toiro com a córnea bastante larga e muito trapio. Rui Salvador começou muito bem nos compridos, colocados à tira, e continuou melhor ainda nos curtos, mostrando a sua raça de toureiro e a experiência adquirida ao longo dos anos. Destaque para o quarto ferro curto, numa lide sem falhas. Pegou este primeiro toiro da tarde, pelo GFA de Évora, o forcado José Maria Passanha, numa boa pega consumada à primeira tentativa. Rui Salvador e José Passanha deram ambos a volta à arena.

Continuou a corrida com o cavaleiro de Pegões, Luís Rouxinol, frente a um oponente de 530 kg com trapio e bravura. Luís Rouxinol esteve de menos a mais durante a lide. Falhou o segundo comprido, mas depois, nos curtos, montado no seu Douro, conseguiu levar bastante emoção ao público, com destaque para o segundo curto. Terminou a última lide desta temporada com o seu típico palmito e par de bandarilhas, ambos de muito bom tom. Para esta pega, pelo GFA de Alcochete, veio o forcado António Cardoso, que consumou a pega à primeira tentativa. Ambos foram autorizados a dar volta à arena.

Seguiu-se Gilberto Filipe frente a um toiro de 500 kg, com trapio e bastante bem constituído. Gilberto Filipe, apesar de não ter estado no seu melhor, teve 2 bons ferros curtos, e conseguiu transmitir emoção ao público Eborense. Para esta pega regressou o grupo da casa à arena, com o forcado Zé Maria Caeiro à cara. Consumou a pega à primeira tentativa, uma pega muito boa em que Zé Maria se conseguiu agarrar muito bem. Grande destaque para os ajudas desta pega. O cavaleiro e o forcado deram volta à arena.

Para abrir a segunda parte entrou na arena António Brito Paes, frente a um oponente bravo e com trapio de 520 kg. Esteve irregular na sua lide iniciando-a com dois ferros compridos muito bons. Nos curtos teve de mais a menos, com o primeiro ferro de destaque, no entanto teve a infelicidade de falhar o palmito ao fechar a lide. Para esta pega, a mais complicada da tarde, entrou em praça pelo GFA de Alcochete o forcado Manuel Pinto. A pega, apesar de ter sido consumada apenas à segunda tentativa, foi a melhor da tarde, com nota negativa para os ajudas, que chegaram ao toiro demasiado tarde. Ambos deram volta à arena, e Manuel Pinto teve direito a uma segunda volta com a praça de pé para o aplaudir.

David Gomes, o mais novo de alternativa, teve um toiro complicado pela frente, e ainda assim recebeu-o numa sorte Gaiola muito bem efetuada. Durante a lide, David esteve de menos a mais, os compridos não correram da melhor maneira, mas nos curtos, montado no seu Campo Pequeno, David cravou ferros de valor, mostrando mais uma vez aquilo que vale. Todos os curtos cravados após batidas ao piton contrário foram bons, mas destaque para o quarto ferro. Terminou a sua lide com um palmito de muito bom tom. Para pegar este toiro, de 515 kg, pelo GFA de Évora entrou na arena o forcado Miguel Direito, que mais uma vez mostrou a sua raça numa boa pega consumada ao primeiro intento.

O praticante António Prates veio a Évora demonstrar o seu valor e provar que está preparado para tomar a alternativa na próxima temporada. Esteve bem durante toda a lide, compreendeu bem o toiro que lhe saiu em sorte, um animal de 480 kg e com bastante trapio, e teve uma lide triunfal. Esteve bem nos ferros compridos e ainda melhor nos curtos, com destaque para o terceiro ferro. Por insistência do público, António Prates cravou um palmito para terminar a sua lide, um palmito de muito boa nota. Para a última pega da tarde e da temporada de 2018, pelo GFA de Alcochete, entrou na arena o forcado João Belmonte para consumar a pega à segunda tentativa. António Prates e João Belmonte deram uma volta à arena, acompanhados pelos campinos.

Terminou com uma excelente corrida a temporada de 2018. Uma tarde de toiros bastante agradável, que, apesar do frio que fazia lá fora, trouxe à Arena D’Évora aficionados suficientes para encherem cerca de ¾ da lotação. Agora é descansar até ao próximo ano, já com a cabeça no dia 1 de fevereiro em Mourão.

Crónica: ANA SILVA

Fotos: JOÃO CARVALHO