Periodicidade: Diária - Director: Armando Alves - 29/03/2024.
 
 
IMAGENS E CRÓNICA DO CONCURSO DE GANADARIAS EM ÉVORA
IMAGENS E CRÓNICA DO CONCURSO DE GANADARIAS EM ÉVORA
20 de Maio de 2019





Murteira Grave e Branco Núncio vencem prémios em disputa

O Forcadilhas e Toiros esteve hoje presente no Grandioso Concurso de Ganadarias de Évora. A concurso estavam as ganadarias Veiga Teixeira, Branco Núncio, Pinto Barreiros, Fernandes Castro, Murteira Grave e Passanha. Para lidar estes toiros estiveram presentes os cavaleiros António Ribeiro Telles, Rui Salvador e Luís Rouxinol. As pegas ficaram a cargo do Grupo de Forcados Amadores de Montemor e Évora. O júri do concurso era constituído por membros da Tertúlia Tauromáquica Eborense.

António Ribeiro Telles defrontou um Veiga Teixeira bravo e com boa apresentação, de 595 kg, sem dúvida um bom oponente. Nos  compridos, Telles não conseguiu estar muito à vontade. Nos curtos melhorou um pouco sendo que o segundo e terceiro resultaram muito bem. Teve uma lide de menos a mais, mas podia ter tirado melhor proveito do oponente que lhe saiu em sorte. Terminou a primeira lide com um ferro brilhante. Para pegar o Veiga Teixeira, Bernardo Dentinho do GFA de Montemor foi à cara, no entanto, ao segundo intento saiu lesionado. Dobrou Francisco Borges à sua primeira tentativa.

Rui Salvador lidou em primeiro lugar um Fernandes de Castro preto bregado meano de 535 kg, escasso de forças. Nesta primeira lide teve um ferro comprido de destaque, mas nas bandarilhas iniciou logo com um ferro de destaque. Andou sempre em terrenos do toiro, arriscando muito. Conseguiu uma lide praticamente irrepreensível cravando ferros de destaque no sítio certo e sempre ao estribo. Nesta sua primeira Corrida de Toiros do 35º aniversário da sua alternativa Rui Salvador veio a Évora e não desiludiu. Pelo GFA de Évora, Miguel Direito concretizou à primeira.

Luís Rouxinol lidou um Murteira Grave de 550 kg com trapio e que saiu com muita força dos curros. Iniciou esta faena com três compridos de excelência! O primeiro curto resultou muito bem após forte batida ao piton contrário e o terceiro foi um ferro de destaque terminado com uma pirueta em frente ao toiro. Teve uma lide brilhante do inicio ao fim, terminando com um palmito de muito bom tom. Andou ao seu estilo e conseguiu levar muita emoção ao público, como já é habitual. Manuel Ramalho, do GFA de Montemor, consumou uma pega rija ao segundo intento.

Após um breve intervalo, o Maestro da Torrinha voltou à arena, desta vez frente a um Passanha de 530 kg, um toiro com boa apresentação e trapio, mas não muito colaborante. Ainda assim, Telles conseguiu dar a volta ao seu oponente, correndo esta lide melhor que a primeira. O terceiro curto foi um ferro muito bem cravado numa sorte de poder a poder, onde a reunião com o toiro resultou bem. Andou correto e harmonioso nesta lide, cravando ferros de destaque com a classe e maestria a que o público está acostumado. Pelo GFA de Évora, Zé Maria Caeiro consumou uma das melhores pega da tarde ao segundo intento.

Na segunda lide, Rui Salvador esteve frente a um belíssimo exemplar Pinto Barreiros com muita força e trapio, de 530 kg. Iniciou esta lide com três ferros compridos de muito bom tom. Nas bandarilhas começou com uma passagem em falso, mas depressa se redimiu com um ferro muito bom. Andou durante toda a lide em bom ritmo, mas não conseguiu chegar ao público Eborense. Terminou com um ferro de destaque, mas recusou dar volta à arena apesar de ter sido autorizado. Para a última pega do GFA de Montemor saiu à arena Vasco Carolino que consumou uma pega difícil ao primeiro intento.

Luís Rouxinol esteve frente ao mais pesado da tarde, um Branco Núncio de 610 kg com muito boa apresentação. Cravou dois compridos de bom tom e foi buscar o Douro para as bandarilhas. Andou muito bem durante toda a lide e conseguiu cravar bons ferros ao estribo. Além de música durante a lide foi ainda acompanhado por palmas do público. Cravou um último ferro de palmo de destaque como já é habitual nas suas lides. Terminou com um espetacular par de bandarilhas que pôs a Arena D’Évora a vibrar e a pedir insistentemente mais um ferro. Escolheu cravar um palmito que resultou de forma excelente. Para a última pega, pelo GFA de Évora, foi à cara Ricardo Sousa que consumou ao primeiro intento.

Os prémios de bravura e apresentação foram entregues no final da corrida, e os vencedores foram, sem dúvida, justos. A ganadaria Branco Núncio arrecadou o prémio de Apresentação e a ganadaria Murteira Grave levou para casa o prémio de Bravura.

Crónica: ANA SILVA

Fotos: ARMANDO ALVES